Alunos, professores e funcionários da escola do bairro Ressaca têm convivido nas últimas semanas com um sério problema: a falta de água.
O abastecimento no local vinha sendo feito através de um poço artesiano que foi construído pela associação de moradores do bairro. Pelo fornecimento a administração municipal faria o repasse mensal de R$ 300 para cobrir os gastos, valor que não foi honrado nos primeiros meses no ano.
Além de não pagar o combinado, a prefeitura municipal é quem foi a responsável pelo corte no fornecimento. “Funcionários da prefeitura vieram aqui e, sem a autorização de nenhum dos membros da associação, cortaram o cano de registro. Agora, como a opção pelo desligamento foi deles, ou nos pagam os valores acordados ou não religaremos a água. Isso porque a opção pelo desligamento partiu deles próprios”, disse Nildo Pereira de Anhaia, presidente da Associação.
Segundo Anhaia, a prefeitura construiu um poço tubular dentro da própria escola, mas que não vem atendendo a demanda da instituição. O presidente da associação disse que o poço tem conseguido abastecer apenas duas de suas caixas de água. “Fizeram isso e agora os banheiros não tem água, as salas e o pátio estão imundos”, contou.
Para piorar a situação, a qualidade da água ainda não foi testada. Se suas propriedades apresentarem qualquer tipo de anormalidade, os alunos poderão ser os maiores prejudicados.
“A situação em que nos encontramos é totalmente anti-higiênica. São quase 370 pessoas na escola, entre alunos estaduais, municipais e funcionários. Nossos alunos já chegaram a ter de tomar água de baldes e hoje temos esse problema, pois sem água tudo fica complicado. Outra questão é a água que está sento utilizada atualmente, afinal, ela está um pouco suja e com gosto de barro”, relata o diretor da escola Estadual de Ressaca, Ordival Teixeira da Silva Junior.
Reunião
No dia 1º de julho foi realizada uma reunião na escola com a participação dos associados, da comunidade do bairro, do responsável pela construção do novo poço que foi instalado na escola e dos vereadores Maricelso Ribeiro, Edson Staron e José Pedro Teixeira.
O Secretário Municipal de Educação Marcos Daniel Lupion Queiroz, que chegou no final do encontro, assumiu a responsabilidade de quitar os débitos com a associação e de providenciar a análise da água do novo poço, o que não tinha sido feito até o fechamento da edição.
Segundo o responsável pela execução do poço instalado na escola, que garantiu 95% de eficiência no sistema instalado, a análise da qualidade da água somente poderia ser realizada após a utilização do poço por alguns dias. Ele admitiu ainda que existe a probabilidade de a água estar imprópria para o consumo dos alunos.
Diante da informação do técnico, o vereador Maricelso Ribeiro disse que essa análise deveria ter sido feita antes da água ser consumida. “A água está sendo utilizada antes de sua qualidade ser testada, o que é errado, porque alguém pode estar contaminado e sendo prejudicado por essa atitude irresponsável”, afirmou.
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